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Arquivo: Estádio Renê Bayma |
Na noite de ontem (01/11), no estádio Renê Bayma, Nacional e Fabril enfrentaram-se pela quinta rodada do campeonato codoense de futebol. Poderia aqui destacar os aspectos: táticos, técnicos e físicos das duas equipes, no entanto, as falhas na organização (não só deste jogo) me chamaram mais a atenção, pois a mídia e os dirigentes codoenses propagam que nós deveríamos ter um time no campeonato estadual e esquecem de tentar organizar e valorizar nosso futebol e nosso esporte de forma geral.
Pra não falarem que sou pessimista, começarei destacando os aspectos positivos observados no jogo de ontem entre Nacional e Fabril que desde quando criança escuto ser o maior clássico do futebol codoense.
Pontos positivos:
1. A data do jogo: parabéns, noite de véspera de feriado.
2. O valor do ingresso: 3 reais são acessíveis a todas as camadas sociais.
3. O gramado: excelente para a prática e lindo para o torcedor ver.
4. O gol do jogador do Fabril: golaço.
5. Público pagante: 1.174
Os pontos negativos ficam evidente em todo o campeonato, no entanto, espera-se que no maior clássico do futebol codoense eles minimizem.
Pontos negativos
1. Horário do jogo: marcado para as 20 horas, iniciou com atraso de quase 20 minutos.
2. Equipes com meiões e calções brancos: inadimissível, para um futebol que quer participar do campeonato estadual, as duas equipes jogarem com meiões e calções nas mesmas cores.
3. A ambulância do SAMU chegou 5 minutos após o início da partida.
4. A não utilização das caneleiras: alguns dirigentes dizem que os 9 mil reais que a Prefeitura disponibiliza para as equipes não dá para pagar os jogadores, muitos menos para comprar caneleiras. A comissão de arbitragem não tem força para cumprir a regra 4 (equipamentos obrigatórios). Os jogadores, principalmente os profissionais, jogam o campeonato estadual com caneleiras e chegam aqui e não as usam mostrando desrespeito à competição.
5. O elevado número de jogadores que vem de outras cidades e estados: O clássico de ontem foi do campeonato codoense, no entanto, o futebol apresentado (que foi ruim diga-se de passagem) não foi codoense, pois a grande maioria dos jogadores de Nacional e Fabril era da capital maranhense e dos estados do Piauí e Ceará. Nada contra trazer atletas de fora, mas, temos que privilegiar nossos atletas. Em outras épocas já tivemos grandes equipes com jogadores de outras cidades e estados, no entanto, eles ficavam em Codó, treinavam, jogavam e muitos deles se estabeleceram por aqui até hoje, como por exemplo os atuais técnicos de Nacional (Miguel) e Fabril (Maneco) que jogaram juntos pelo Fabril na década de 80 e moram até hoje em Codó. Atualmente a maioria dos jogadores de fora vem na véspera ou até mesmo no dia do jogo, jogam, ficam com o dinheiro que poderia circular na cidade e vão embora para talvez retornarem na véspera de uma próxima partida.
O jogo
Fraco técnicamente, com erros infantis de passes, muitos chutões, muitas faltas, com pouco entrosamento dos jogadores e com aplicação tática deficiente nos três setores. O que salvou o jogo (principalmente para os torcedores do Fabril) foi o golaço do volante piauiense Jonas que chutou de fora da área no ângulo superior direito do goleiro Régis aos 33 minutos do segundo tempo, decretando a vitória do Fabril por 1x0.
Encerro aqui na esperança de que as "pessoas" que fazem o futebol codoense, parem, reflitam e corrijam as "pequenas falhas", para tornar um campeonato cada vez mais organizado e cada vez mais "CODOENSE".
Fredson Ricardo - CREF 217/g-PI